Sair das dívidas

Sabia que cerca de 63% brasileiros estão endividados? É isso o que mostra o Boletim Econômico Serasa Experian. Apesar de ser um problema comum, não é nada saudável. A boa notícia é que é possível sair das dívidas com um pouco de organização!

Em alguns casos, o endividamento tem a ver com falta de condições financeiras, desemprego e outras questões mais graves que impedem concretizar objetivos como comprar a casa própria. No entanto, muitas vezes a inadimplência nasce da dificuldade de realizar um planejamento financeiro. Esse é o seu caso? Se sim, está no lugar certo!

Continue a leitura e veja 5 dicas essenciais para sair das dívidas!

Confira os principais motivos de inadimplência

Ainda segundo a Serasa, uma das maiores empresas de dados financeiros e serviços de proteção ao crédito do Brasil, as principais causas de inadimplência são:

  • desemprego (26%);
  • redução de renda (14%);
  • falta de controle financeiro (11%);
  • realização de empréstimos em nome de terceiros (5%).

Esses dados mostram que existem problemas reais no acesso ao crédito no Brasil, além da dificuldade de permanência no mercado de trabalho. Porém, essa nem sempre é a causa: 11 em cada 100 pessoas entram em dívidas simplesmente por falta de gestão do orçamento.

Saiba quais são os riscos de não pagar dívidas

A consequência mais conhecida de atrasar os boletos é o acúmulo de juros. No entanto, os riscos de crédito são bem maiores, viu? Qualquer atraso no pagamento de contas já pode ser responsável por uma redução no seu score bancário, o que prejudica o acesso a linhas de crédito para empréstimo, financiamento ou cartões, por exemplo.

Agora, quando o atraso se estende e ocorre a negativação da dívida em órgãos de proteção ao crédito, como a Serasa, toda a saúde financeira fica comprometida. Você pode ficar sem facilidades como o crédito especial, além de perder a flexibilidade no orçamento.

Assim, além de ver o sonho do imóvel novo ir por água abaixo, sua família pode passar por dificuldades pela falta de um fundo de emergência e de qualquer alternativa financeira para caso haja um imprevisto.

Conheça os vários tipos de dívidas

Não considere nenhuma dívida inofensiva: mesmo o menor dos boletos pode se transformar em uma bola de neve se toda a sua gestão financeira não for revista. Conforme a Serasa, a distribuição de débitos de pessoas físicas é a seguinte:

  • cartões de crédito (30%);
  • contas domésticas (17,9%);
  • varejo (13,7%);
  • conta de telefone (11,1%);
  • serviços diversos (10%);
  • empréstimos (9%).

Além disso, são comuns dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e com outros programas de financiamento imobiliário e de veículos.

Veja 5 dicas para sair das dívidas

Como você viu, um dos grandes motivos do endividamento é a ausência de educação financeira. Por isso, para sair das dívidas e não voltar a cair no problema, a palavra-chave é: organização. Veja 5 dicas para deixar seu nome sempre limpo, a começar pela análise do seu orçamento até a quitação de boletos inadimplentes!

1. Conheça o seu orçamento

O primeiro passo para sair das dívidas é conhecer o orçamento da sua família para equacionar melhor os gastos em relação aos rendimentos mensais. Para isso, use uma planilha no computador — existem até algumas prontas para download na internet —, e coloque todas as entradas e também os gastos fixos e variáveis.

Esse passo é muito importante, pois a organização do orçamento é o coração da saúde financeira. Ao visualizar esses dados, você entenderá melhor quais são os motivos que levam à desorganização das contas, poderá priorizar os pagamentos mais importantes, descobrir como economizar em casa e, assim, destinar a quantia necessária ao pagamento das dívidas negativadas.

2. Saiba o valor total das suas dívidas

Depois de organizar o seu orçamento, é hora de colocar no papel tudo o que você deve. É muito fácil: com o Serasa Consumidor, você pode consultar gratuitamente o seu CPF. Por lá, além de verificar qual é o seu score bancário no momento, você terá acesso a todas as dívidas negativadas e seu valor atual.

3. Negocie com os seus credores

Com suas dívidas em mãos, você deve negociar os valores para efetuar o pagamento. Você pode realizar o acordo diretamente no site do Serasa, de acordo com as propostas deixadas lá pelas empresas ou, ainda, entrar em contato com os credores.

Aqui, uma dica: se você tiver uma quantia para pagamento à vista, é melhor! Em geral, as empresas tentam facilitar a negociação de dívidas, e a liquidação total do débito é vantajosa para os dois lados. Por isso, o pagamento à vista resulta em menos juros.

4. Liquide primeiro as dívidas maiores

Se você tem mais de uma dívida no nome, a dica é sempre começar pelas mais altas. Afinal, quanto maior é o valor principal do débito, maiores são os juros acumulados mês a mês. Não se esqueça de que, mesmo após a negativação, a dívida continua sendo atualizada, hein? Além disso, cartão de crédito e cheque especial costumam ter as taxas de juros mais altas.

5. Tenha planejamento financeiro

Depois de renegociar suas dívidas, lembre-se de cuidar do orçamento para conseguir arcar com as parcelas e não atrasar outros pagamentos. Para isso, invista no planejamento: nada de compras por impulso! Todos os gastos devem ser provisionados para que você não perca o controle.

Outras dicas para manter a saúde financeira em dia são:

  • use o cartão de crédito com cautela, visto que ele é um dos grandes responsáveis pelo endividamento;
  • nunca conte com o limite do cheque especial como parte do orçamento mensal;
  • dê uma olhada na fatura do cartão para ter certeza de que os serviços cobrados (assinaturas de streaming, telefone pós-pago, TV a cabo etc.) são realmente utilizados pela família;
  • tome cuidado com gastos variáveis do dia a dia, como delivery de comida;
  • evite fazer muitas compras parceladas.

Seguindo essas dicas, você tem tudo para sair das dívidas e, assim, alcançar várias vantagens. Afinal, ter o nome limpo e um bom score financeiro é excelente para ter acesso ao crédito sempre que precisar e conquistar a tão sonhada casa própria.

Aliás, você sabia que se a aquisição do imóvel leva em conta a renda de mais de uma pessoa, ambas passam por análise de crédito? Saiba mais sobre a composição de renda para financiamento!

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