Além de pontos turísticos incríveis e lugares ideais para morar como Piabetá, a cidade de Magé possui outros encantos como o Morro do Bonfim. Se você gosta de explorar a conexão com a natureza, apreciar vistas panorâmicas e conhecer mais sobre histórias e culturas locais, definitivamente precisa conhecer o Morro do Bonfim, em Magé.
Neste artigo, apresentamos tudo que esse lugar traz de interessante, e também um passo a passo de como chegar até lá de carro, ônibus ou trem.
Vem conosco!
Morro do Bonfim: um dos principais pontos históricos de Magé
Adentrando o coração de Magé, a trilha até o Morro do Bonfim se estende convidativa para aventureiros solitários ou famílias. Erguendo-se majestoso, o cume do Bonfim presenteia os visitantes com panorâmicas parciais da cidade, o recorte imponente da Serra dos Órgãos e o morro que abraça a Praia de Piedade (sim, pois Magé tem praia).
Entre as histórias contadas por moradores, rumores de um túnel subterrâneo que outrora conectava a Praia da Piedade ao Bonfim em busca de tesouros ocultos ecoam, conferindo um fascínio adicional a essa paisagem.
Porém, a história oficial do Morro do Bonfim se alça como testemunha das transformações que abraçaram Magé ao longo dos séculos e atrai todos os tipos de visitantes interessados em conhecer seus principais pontos: a árvore Mirindiba e a Capela de Nosso Senhor do Bonfim, sobre os quais falaremos agora.
Mirindiba, uma das lendas do Morro do Bonfim
No topo do Morro do Bonfim repousa a Mirindiba, uma árvore de mais de 300 anos que transcende sua existência, envolta em uma história folclórica de encanto e proteção.
Seu nome científico, Lafoensia glyptocarpa, evoca a grandiosidade de suas características. Com folhas perenes, a Mirindiba forma uma copa com 6 metros de diâmetro e 10 metros de altura, um refúgio verdejante em meio à natureza exuberante.
Mas, é a lenda que envolve a Mirindiba que a transforma em um ícone místico. Segundo os contos ancestrais, a árvore já foi uma índia Tupinambá, cujo destino entrelaçou-se com a magia do seu pajé. Através do som mágico de seu maracá, ela foi metamorfoseada em árvore, tornando-se a guardiã do Morro do Bonfim.
Sob os olhares benevolentes do deus Sol, da deusa Lua e de Tupã, o senhor das tempestades, a Mirindiba permanece vigilante. Anhangá, o espírito da floresta, e Curupira, protetor dos seres da mata, são seus eternos companheiros.
Essa lenda, entranhada nas raízes culturais de Magé, ecoa em harmonia com outra história folclórica, a lenda de Monã e Irim Magé. Monã, o criador da Terra, confiou a Tata, o Fogo do Céu, a tarefa de purificar a Terra dos males. No entanto, Monã poupou Irim Magé, líder da tribo indígena, e seu povo por sua bondade. Irim Magé se tornou um Morubixaba, líder respeitado, cultivando a terra e repovoando-a, um legado que se entrelaça com a própria essência do Morro do Bonfim.
Assim, a Mirindiba, com sua beleza única e história entrelaçada com tais lendas, é vista como uma sentinela de Magé, personificando a profunda conexão entre a natureza e a espiritualidade, convidando a todos para explorar as camadas enigmáticas do Morro do Bonfim.
Capela de Nosso Senhor do Bonfim
Erguida em 1883, a Capela de Nosso Senhor do Bonfim é um tesouro arquitetônico que coroa o Morro do Bonfim. Esse edifício sacro, embora moderno para sua época, ressoa a simplicidade e proporção características das capelas filiais de Magé. Suas paredes de alvenaria de tijolos são guardiãs de uma aura que transcende o tempo.
A fachada, adornada com um frontão triangular e cunhais clássicos, reflete o apuro estético da arquitetura religiosa da região. Dela, se vislumbra uma vista espetacular: a Baía de Guanabara com suas ilhas encanta o horizonte e a imponente Serra dos Órgãos se ergue majestosa ao fundo. O verde da Baixada Fluminense envolve a paisagem, criando um cenário de beleza indescritível.
Essa capela é parte de um colar de templos que pontuam a orla norte da baía, testemunhando a marcha da civilização através do terreno selvagem. Assim, a Capela de Nosso Senhor do Bonfim não é apenas um edifício religioso, mas um marco histórico-cultural. Sua construção singular e localização estratégica fazem dela uma peça importante do mosaico de Magé, conectando passado e presente.
Como chegar ao Morro do Bonfim, em Magé?
Você pode chegar ao Morro do Bonfim de carro, ônibus ou trem. A seguir, explicamos cada uma delas.
Como chegar ao Morro do Bonfim de carro
Para alcançar o Morro do Bonfim de carro partindo do Rio de Janeiro, comece pela Elevado Professor Engenheiro Rufino de Almeida Pizarro em São Cristóvão, via Av. Presidente Vargas. Em cerca de 12 minutos (após percorrer 5,7 km), você estará no caminho certo.
Siga pela Via Expressa Presidente João Goulart, também conhecida como Linha Vermelha, e adentre as rodovias BR-040 e BR-116/BR-493 até chegar ao Parque Boneville, em Magé. O tempo dessa rota dura em torno de 40 minutos, abrangendo 51,5 km.
Continue pelo trajeto, pegando a BR-493 e, posteriormente, a Av. Coronel João Valério. Ao chegar à Rua Agostinho de Matos, você estará prestes a vivenciar as maravilhas que o Morro do Bonfim reserva.
Como chegar ao Morro do Bonfim de ônibus
A aventura ao Morro do Bonfim também pode ser feita de ônibus. Diversas linhas, como 1003, 1121Q, 121Q, 123Q, 603I e 805I, conectam você diretamente ao começo da trilha que te leva até o morro.
As paradas de ônibus próximas ao Morro do Bonfim estão estrategicamente situadas para sua comodidade. Encontre uma parada na Rua Pio XII, a meros 106 metros de distância, ou na R. Papa Pio XII 849, a apenas 152 metros.
Como chegar ao Morro do Bonfim de trem
Após desembarcar na estação de trem de Magé, caminhe pela Av. Padre Anchieta, seguindo pela Rua Doutor Domingos Belizze por 2 minutos, percorrendo 550 metros.
Continue na rota noroeste na Rua Coronel Macieira, girando à esquerda para permanecer nessa via. Então, vire à esquerda na Av. Padre Anchieta. Siga pela R. Pio XII até chegar à Rua Agostinho de Matos.
Em alguns instantes, o destino estará à sua esquerda, e você poderá começar a sua trilha em direção ao alto do morro.
Agora que você conhece o Morro do Bonfim, já sabe por que ele é um dos lugares mais apreciados de Magé.
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