Saber como fazer um planejamento financeiro familiar é fundamental para evitar dificuldades financeiras e conseguir realizar planos, como a compra de um imóvel ou uma viagem, por exemplo. Além disso, essa prática ajuda a lidar com imprevistos que podem surgir no dia a dia, minimizando riscos e favorecendo a segurança patrimonial e familiar.
Embora seja uma prática importante, muitas pessoas têm dificuldade em se organizar corretamente, e por isso, o planejamento financeiro é um grande desafio.
Saber como fazer isso é fundamental para manter as contas em ordem, independente da sua renda. E para ajudá-lo nessa tarefa, selecionamos algumas dicas prática que você consiga montar o seu planejamento financeiro familiar de forma eficiente. Confira!
Agrupe ganhos e custos
A primeira dica é sempre fazer um diagnóstico sobre os ganhos e despesas familiares. Portanto, anote todos os rendimentos e gastos, fixos e variáveis, em uma planilha ou em aplicativos de controle financeiro para definir qual a situação real do orçamento familiar. Isso é fundamental para determinar se os ganhos são suficientes para arcar com todos os custos, se existem itens que geram excesso de gastos e para avaliar os pontos que precisam ser melhorados para conseguir economizar.
A falta de um controle detalhado é um dos problemas mais comuns nas famílias e que contribui significativamente para aumentar os riscos de que os gastos superem os rendimentos. Além disso, a não identificação das despesas também dificulta a análise geral das contas e dos custos que podem ser categorizados como não essenciais e, por isso, podem ser cortados da rotina.
Defina objetivos
Ter objetivos bem definidos ajuda a organizar o orçamento, pois você terá noção do que precisa economizar mensalmente para atingi-los e calcular o prazo necessário. Por exemplo, se você quer adquirir um imóvel, é importante verificar qual o valor necessário do investimento, como o pagamento da entrada do financiamento, além das taxas e impostos.
Com base nisso, você pode fazer uma avaliação de quanto é possível economizar por mês para juntar o valor necessário e realizar os planos. Sem metas definidas, fica muito mais difícil se organizar e manter o foco para atingir os seus objetivos.
Se você não tiver nenhuma meta clara como comprar um imóvel, realizar uma viagem ou guardar dinheiro para pagar os estudos dos seus filhos, pode pensar em definir objetivos a longo prazo como, por exemplo, formar um capital para aproveitar a sua aposentadoria.
Minimize despesas
Outro cuidado importante para um bom planejamento financeiro familiar é buscar formas de reduzir as despesas mensais. Portanto, faça uma avaliação detalhada dos gastos em busca de serviços que podem ser reduzidos ou cancelados e outros itens que gerem economia. Desse modo, é possível criar uma reserva financeira para lidar com situações inesperadas ou realizar os seus planos.
Outra dica importante é evitar novas dívidas: avalie as compras com atenção para não gastar impulsivamente. Para isso, vale a pena sempre esperar alguns dias antes de comprar qualquer item, a fim de avaliar se é realmente necessário.
Defina o padrão de vida da família
Um planejamento financeiro familiar deve ser feito de forma conjunta com todos os membros da família. Conversar sobre educação financeira e objetivos comuns é uma prática que precisa ser incentivada desde cedo.
Todos os membros devem entender como funciona a dinâmica de renda da casa, quais são os gastos e qual é padrão de vida possível com base na renda doméstica. A consciência a respeito do quanto se ganha e se pode gastar ajuda a criar uma cultura de respeito e uso inteligente dos recursos financeiros.
Negocie todas as dívidas
Caso tenha dívidas pendentes, a negociação é uma ótima opção. Muitas vezes, os credores oferecem descontos vantajosos na multa e nos juros ou permitem um parcelamento facilitado para que você quite os valores. Isso ajuda para que você retire eventuais restrições no seu nome e evita ações judiciais de cobrança, que podem resultar na penhora de bens e valores.
Ao fazer novas compras ou contratar serviços, a negociação também é essencial. Busque sempre opções de pagamento que reduzam os custos, principalmente porque os descontos costumam ser superiores ao rendimento que os valores conseguem retornar em investimentos como poupança. A longo prazo, você aumenta a economia.
O restante dos valores você pode investir em opções que tenham mais segurança e liquidez, para que não perca dinheiro ao sacar antecipadamente ou fique sem acesso ao montante em casos de necessidade. Desse modo, você garante que ele se manterá valorizado e tem a segurança necessária para utilizá-lo quando for preciso.
Dê preferência aos pagamentos à vista
Sempre que possível, faça os pagamentos à vista. Geralmente, nessa modalidade, as empresas costumam oferecer descontos, o que, por si só, já favorece a redução de gastos. Somado a isso, essa prática reduz significativamente os riscos de endividamento, especialmente quando se trata do parcelamento de cartões de crédito.
Use cartões de crédito com cautela
Os cartões de crédito não são vilões, mas, quando usados de forma inadequada, podem comprometer a sua saúde financeira. A nossa dica é que ele seja usado por pessoas que têm controle absoluto dos seus gastos. Portanto, se você tem dificuldade de usar o cartão de crédito e utiliza ou já utilizou a opção de parcelamento de fatura, ele pode não ser a melhor alternativa para o seu dia a dia.
Neste caso, evite o seu uso, compre à vista e reserve as compras no crédito apenas em casos de extrema necessidade.
Tenha uma reserva financeira
Por fim, manter uma reserva financeira é um objetivo a ser alcançado por qualquer pessoa. Essa reserva poderá ser usada para cobrir gastos e imprevistos. Muitas pessoas não têm noção da importância da reserva financeira para a proteção da saúde financeira da família, mas basta pensar em algumas situações corriqueiras para compreender a sua importância:
- você tem dinheiro para cobrir as despesas da família caso perca o seu emprego?
- você tem recursos disponíveis para cobrir despesas de saúde caso surja alguma doença na família?
- sua renda é suficiente para cobrir as despesas da casa caso seu cônjuge perca o emprego?
- você tem recursos para cobrir uma emergência na manutenção da sua casa?
Se a resposta for “não” para uma dessas duas perguntas, saiba que agora é o momento de começar a planejar a sua reserva financeira. Depois de ter um valor adequado reservado para esse fim, você pode começar a guardar recursos para atingir os outros objetivos que mencionamos no início deste artigo.
Como você pode ver, o planejamento financeiro familiar é fundamental para a proteção e saúde financeira de toda a família. Com organização e foco é possível alcançar todos os seus objetivos, garantindo uma vida mais tranquila e sem tantas preocupações.
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