Ao alugar um imóvel é muito comum a necessidade de encontrar um fiador, que é a pessoa responsável pelo pagamento das parcelas em caso de inadimplência. No entanto, ao decidir comprá-lo, a garantia para financiamento de imóvel é feita de outra maneira, ou seja, o próprio bem é utilizado como forma de salvaguarda.
Esse modelo oferece uma série de vantagens, tanto para quem compra quanto para quem vende e, também, para as instituições financeiras. Por isso, é preciso entender muito bem quais são as regras da negociação.
A seguir, vou mostrar a você como funciona esse processo, bem como o que é preciso para utilizar o crédito imobiliário. Acompanhe a leitura!
Entenda como funciona o financiamento bancário
Imagine uma pessoa que queira vender um imóvel qualquer por R$ 200 mil reais. Ao encontrar um interessado em comprar, nem sempre essa pessoa terá o valor para efetuar o pagamento à vista. É, justamente, nesse momento que as instituições financeiras participam do processo.
Assim, o comprador solicita um financiamento bancário e, ao fechar o negócio, deverá pagar mensalmente a quantia correspondente à linha de crédito contratada, com os respectivos juros e taxas administrativas. Já o vendedor, receberá do banco o valor total da negociação, ou seja, os R$ 200 mil reais.
O financiamento bancário é feito de acordo com as condições de renda do comprador. As formas de pagamento são determinadas conforme o modelo de crédito escolhido. Por exemplo, famílias com rendas de até R$ 9 mil reais podem utilizar os benefícios oferecidos pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Conheça as vantagens da garantia para financiamento de imóvel
Em contratos de crédito imobiliário feitos com instituições bancárias não há a figura do fiador. E como fica a situação do banco, caso o comprador não cumpra com as suas obrigações durante o tempo estimado para o pagamento das prestações? Para resolver essa questão, os bancos utilizam um recurso chamado de alienação fiduciária.
Entenda como funciona o imóvel como garantia
Ao contratar o financiamento, o bem fica alienado ao banco a fim de servir de garantia de pagamento, em caso de inadimplência. Dessa forma, o banco é o proprietário do imóvel e a posse é do comprador. Para se tornar o proprietário definitivo é preciso fazer a quitação do bem.
No caso de inadimplência, o banco tem o poder de vender o imóvel para efetuar o pagamento da dívida. No contrato com o banco existe uma cláusula que informa qual é o tempo máximo de inadimplência tolerada pela instituição antes de iniciar o processo de devolução do bem.
Conheça as vantagens para o comprador
Optar pelo financiamento proporciona muitas vantagens ao comprador. Isso porque apesar de a propriedade do bem ser do banco, ele não interfere no uso que você faz do bem enquanto as prestações estão sendo pagas, o que não acontece no caso de aluguel, em que não é possível fazer muitas benfeitorias na propriedade.
Além disso, ter o próprio imóvel como garantia significa não precisar oferecer outro bem, já que os bancos não concedem empréstimos sem a certeza do recebimento do valor de alguma forma.
Conheça as vantagens para o vendedor
Para o vendedor, aceitar financiamento bancário é a garantia do recebimento integral do valor da venda. Portanto, vale a pena, mesmo com o tempo de espera até que o processo e análise de documentos sejam concluídos, o que pode levar em torno de 30 dias.
Entenda as vantagens para o banco
As instituições financeiras aceitam imóveis como garantia de pagamento porque, para elas, são a certeza de recebimento do valor devido. Os bancos sabem que, se o comprador não pagar, poderão retomar o imóvel e colocá-los à venda novamente. Assim, de uma forma ou de outra eles receberão a quantia.
Saiba como fazer um financiamento imobiliário
Depois de escolher o seu imóvel ideal, o próximo passo é fazer um financiamento imobiliário. No entanto, é preciso alguns cuidados especiais para fazer a melhor negociação.
Escolha a instituição financeira
Para escolher a melhor instituição financeira, avalie qual oferece as melhores condições, ou seja, analise as melhores taxas de juros, o prazo de pagamento e de quanto será o valor da entrada.
Escolha o modelo de financiamento
Entender os modelos de crédito imobiliário também é importante durante essa fase. Isso porque os bancos oferecem duas modalidades diferenciadas. É importante considerar que o valor das parcelas não pode ultrapassar 30% sobre a renda líquida do comprador.
Sistema Price
Nesse sistema, as prestações têm valores fixos, ou seja, as parcelas têm o mesmo valor durante todo o tempo de financiamento.
Sistema SAC
Nesse modelo, as prestações começam com uma determinada quantia, um pouco maior do que o modelo Price. No entanto, ao longo do tempo o valor da prestação é reduzido gradativamente.
Prepare a documentação
A preparação da documentação é uma etapa bem trabalhosa. Seja qual for o sistema de financiamento escolhido, o banco exige uma série de documentações tanto do comprador, quanto do vendedor e do imóvel.
Vale ressaltar que trabalhadores autônomos também podem fazer um financiamento bancário. Nessa situação, o banco exige documentos alternativos para a comprovação da renda, como a apresentação do contrato de trabalho, declaração de imposto de renda, extratos de movimentação bancária, entre outros.
Utilize o fundo de garantia
É possível utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento. O valor pode ser usado como forma de entrada, já que o banco exige um depósito de no mínimo 20% sobre o preço do bem.
No entanto, se o comprador tiver o saldo maior que esse valor, poderá utilizá-lo como uma entrada maior para o bem, o que reduzirá o montante total para o financiamento.
Existem algumas regras para o uso do FGTS, entre elas:
- ter registro em carteira por um período mínimo de 3 anos;
- o imóvel deve se localizar na mesma cidade em que o comprador reside;
- o valor total do bem pode ser de no máximo R$ 1,5 milhão;
- o comprador não pode ter outra propriedade em seu nome, não importa se está pronta ou se é um imóvel na planta;
- o FGTS só pode ser usado para imóvel próprio, ou seja, não é possível utilizar o fundo se o bem não estiver no seu nome.
Enfim, em um processo de compra, o próprio bem é utilizado como garantia para financiamento de imóvel. Dessa forma, há vantagens para todos os envolvidos. Por isso, analise a instituição financeira que ofereça as melhores condições de pagamento e escolha o imóvel dos seus sonhos.
Gostou do nosso conteúdo sobre financiamento? Então assine a newsletter e recebe nossas atualizações diretamente em seu e-mail!