A pandemia do novo coronavírus que chegou ao Brasil em março deste ano impactou a grande maioria dos setores da economia, inclusive o mercado imobiliário e as condições de pagamento e financiamento de imóveis.
Para que você possa ficar por dentro dos impactos gerais da pandemia no mercado imobiliário e de todas as mudanças de pagamento e financiamento de imóveis promovidas pelas instituições financeiras, elaboramos este artigo. Confira!
Alterações realizadas no financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal
Para proteger e estimular o setor da construção civil, beneficiando aproximadamente 5 milhões de famílias e ajudando a manter o emprego de mais de 1,2 milhão de brasileiros, a Caixa anunciou algumas mudanças nas condições dos pagamentos de financiamentos e empréstimos imobiliários.
Uma das principais alterações foi o congelamento do pagamento das parcelas ou pagamento parcial delas por 90 dias para clientes que estão com as prestações quitadas ou com, no máximo, duas parcelas abertas, vantagem também aplicada para financiamento de imóveis em construção. Vale destacar que as parcelas não serão descartadas, mas sim diluídas nas demais restantes.
A Caixa também passou a permitir que as pessoas que têm a conta vinculada do FGTS para quitação de parte da prestação congelem durante 90 dias a quitação da parcela não coberta pelo Fundo.
Nos contratos de financiamento de imóveis novos, o prazo de carência foi alterado para 180 dias. Quem usa o financiamento da Caixa para construir um imóvel pode ter até duas parcelas liberadas antecipadamente sem a vistoria. Os clientes que estivem com parcelas abertas de 61 a 180 dias podem renegociar o contrato paralisando ou pagando parcialmente as parcelas.
Por fim, outra mudança que favorecerá as pessoas que têm a intenção de comprar a casa própria é a liberação da possibilidade de incluir no valor do financiamento o ITBI (Impostos sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e os custos com o cartório.
Mesmo que a medida acabe aumentando o valor total do financiamento, ela diminui o valor inicial com o qual o comprador precisa arcar na entrada no processo, facilitando a compra do imóvel.
Mas não foram somente as pessoas físicas que receberam benefícios da Caixa durante a pandemia. As empresas, ou pessoas jurídicas, também passaram a contar com novas regras que facilitam a manutenção do financiamento imobiliário.
Uma delas é a possibilidade de antecipar 20% dos recursos para começar as obras e de 10% do custo do financiamento para obras que estão sendo executadas sem atrasos. Outra é o congelamento do pagamento do financiamento ou pagamento parcial das parcelas por 90 dias para empresas que estão em dia com a quitação ou têm, no máximo, 2 parcelas atrasadas.
A instituição também começou a permitir o adiamento do início das obras e aumento da carência por até 180 dias para obras que foram concluídas ou estão em fase de amortização.
A Caixa também liberou recursos de financiamento destinados à produção não usados em meses anteriores pela empresa com limite de 10% do custo total do financiamento e admissão de reorganização da agenda da obra, para casos em que haja a necessidade de conter gastos devido à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Para saber mais sobre as mudanças proporcionadas pela Caixa Econômica Federal acesse o site oficial: www.caixa.gov.br
Mudanças nas condições de financiamento do Banco do Brasil
Para apoiar os brasileiros durante a pandemia, o Banco do Brasil passou a oferecer a repactuação de quatro parcelas dos contratos de financiamento de imóveis e também de Empréstimos com Garantia de Imóvel.
A taxa de juros estabelecida no contrato feito anteriormente será mantida, mas a multa e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) serão descartados. O prazo do contrato será estendido por quatro meses e os encargos financeiros desse período serão diluídos em todas as parcelas restantes para evitar o aumento do valor das prestações mensais a serem pagas.
Ao longo dos quatro meses de repactuação, os seguros obrigatórios e a tarifa de administração de contratos serão mantidos.
Se a pessoa já tiver feito a repactuação de duas parcelas em um período anterior à pandemia, ela pode pedir a repactuação de mais quatro parcelas. A solicitação poderá ser feita em até um dia útil após a data do vencimento da segunda parcela prorrogada.
Para solicitar essa nova condição a pessoa que fez o financiamento precisa estar com todas as parcelas quitadas, não pode utilizar o FGTS para quitar parcialmente as parcelas e não deve ter sinistro ou processo em andamento de uso do FGHab (Fundo Garantidor da Habitação Popular).
Além disso, a repactuação não se aplica em contratos em período de carência, sem pelo menos uma parcela quitada nem em financiamentos de imóveis na planta ou com obras em andamento.
Para efetuar a solicitação da repactuação a pessoa deve acessar o site do Banco do Brasil e clicar no menu: Empréstimos – Crédito Imobiliário > Repactuação COVID-19.
Panorama do mercado imobiliário na pandemia
A pandemia do novo coronavírus afetou positivamente o mercado imobiliário, trazendo taxas de juros mais atrativas girando em média de 7,2%, de acordo com o Banco Central, e boas ofertas, possibilitando assim a realização do sonho da casa própria a muitos brasileiros.
Segundo informações da Abecip (Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) os financiamentos com recursos da poupança aumentaram em 6,5% no mês de maio, se comparado com abril, alcançando R$ 7,13 bilhões.
A quantidade de financiamentos imobiliários realizados em maio, segundo mês do isolamento social no Brasil, foi igual à de janeiro. No período de janeiro a maio de 2020, os empréstimos realizados para compra ou construção de imóveis cresceram 23,2% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 34 bilhões.
Agora que você já conhece os impactos gerais da pandemia no mercado imobiliário e sabe todas as principais mudanças implantadas nas condições de pagamento e financiamento de imóveis das principais Instituições Financeiras do Brasil, que tal realizar sonho da casa própria e investir em um ativo seguro e de grande valorização?
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