Nem sempre é possível comprar um imóvel à vista. Nesse caso, a alternativa é fazer um financiamento imobiliário. Entretanto, além de avaliar se a prestação cabe no orçamento, também é preciso considerar o valor da entrada para financiar um apartamento, que varia de acordo com a renda do comprador.
Entender como calcular esse valor é importante para ajudar a decidir o quanto economizar por mês para realizar o sonho da casa própria.
A seguir, vou mostrar como responder à pergunta “quanto preciso dar de entrada para financiar um apartamento?”, bem como quais outros custos estão envolvidos em um financiamento imobiliário. Continue a leitura e confira!
Entenda qual é o valor da entrada para financiar um apartamento
O percentual mínimo para a entrada pode variar em alguns casos. Isso porque, com a implantação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), houve uma classificação por renda para os limites de financiamento, subsídio do Governo e valores do imóvel.
O valor de entrada para um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal no Sistema Financeiro de Habitação é de 20%. O programa MCMV oferece um subsídio do Governo, que utiliza alguns critérios de classificação para disponibilizar o valor integral ao comprador. Isso significa que nem sempre é possível conseguir o subsídio total oferecido.
Na prática, o valor da entrada no caso do MCMV será a diferença entre o percentual de 20% exigido pelo banco sobre o preço do imóvel e a quantia referente ao subsídio do Governo, exceto na faixa 1, na qual a entrada não é necessária.
Por exemplo, para financiar um imóvel de R$ 140 mil, é preciso dar uma entrada de R$ 28 mil (20%). Se o comprador tiver um subsídio de R$ 20 mil, significa que o valor que ele deverá desembolsar para a entrada será de R$ 8 mil.
Já para quem não utiliza o programa, a entrada mínima é de 20% sobre o valor do financiamento, no caso de imóveis novos.
Aprenda como calcular quanto é preciso dar de entrada para financiar um apartamento
Como dissemos acima, o valor de entrada exigido muda conforme a renda familiar. E como essa quantia não pode exceder 30% do valor do imóvel ou da renda, os números finais são definidos a partir das finanças familiares declaradas.
Em relação aos financiamentos realizados pela Caixa Econômica Federal, o investimento mínimo também varia de acordo com o tipo do imóvel — as propriedades nunca habitadas, por exemplo, são submetidas à um cálculo diferente. Porém, no momento, considere apenas os imóveis usados.
Imagine um cliente, na faixa dos 30 anos, com, pelo menos, 3 anos de cadastro no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que pretende comprar um apartamento de 64 m² no valor de R$ 185 mil.
Caso o indivíduo possua uma renda de R$ 2.600, os valores ficariam:
- entrada necessária: R$ 76.139,64;
- valor da primeira parcela: R$ 779,99;
- valor financiado: R$ 108.860,36;
- taxa de juros: 5,11%.
Para o caso do cliente possuir uma renda de R$ 3.500, os números seriam:
- entrada necessária: R$ 60.037,94;
- valor da primeira parcela: R$ 1.049,99;
- valor financiado: R$ 124.962,06;
- taxa de juros: 6,69%.
Na situação em que o interessado tem uma renda de R$ 4.500, as parcelas custariam:
- entrada necessária: R$ 63.387,34;
- valor da primeira parcela: R$ 1.349,99;
- valor financiado: R$ 141.612,66;
- taxa de juros: 7,93%.
Por fim, caso o comprador tenha uma renda de R$ 7.000, os valores seriam:
- entrada necessária: R$ 37.000;
- valor da primeira parcela: R$ 1.409,15;
- valor financiado: R$ 148.000;
- taxa de juros: 7,93%.
Vale destacar que é possível financiar um imóvel na planta. Além do valor de entrada exigido ser menor, ainda há grandes possibilidades de conseguir negociar esse custo com a construtora responsável pela obra. Outra possibilidade é a de diluir esse valor em parcelas, que podem ser pagas até a entrega das chaves.
Uso do FGTS no pagamento da entrada
Como você pode notar nos exemplos acima, o cliente interessa tinha disponível 3 anos de seu FGTS. Ele foi citado na situação porque, caso não saiba, é possível utilizar o benefícios para quitar o valor de entrada do financiamento.
Contudo, existem alguns requisitos que devem ser cumpridos pelo interessado:
- ter trabalhado no mínimo 3 anos, consecutivos ou não, no mesmo emprego ou em qualquer outro sob o regime do benefício;
- não ter financiamento atualizado no SFH (Sistema Financeiro de Habilitação);
- não ter utilizado os recursos do FGTS no período de 3 anos;
- não possuir imóveis na região onde vive ou trabalha.
Caso esteja planejando utilizar o seu FGTS como entrada, não se esqueça de incluir na conta todas as taxas envolvidas na compra do imóvel. Se conseguir quitar todos esse valores com o benefício, o processo de compra — e os custos — ficarão um pouco mais simples.
Aplicação de um bem antigo para a entrada
Muitas pessoas não sabem, mas é possível oferecer um imóvel antigo de entrada. Basicamente, esse processo é como uma troca, em que o dono da casa mais cara recebe a diferença em dinheiro — mas não se preocupe, porque a diferença pode ser financiada.
Essa escolha pode reduzir os juros do financiamento ou mesmo a tributação, pois, nesses casos, a lei prevê regras diferenciadas. Por exemplo, se os valores dos dois imóveis são iguais, você não precisa pagar imposto sobre a transação, o que a torna muito interessante.
Saiba quais valores estão envolvidos em um financiamento imobiliário
Para fazer um financiamento imobiliário, é preciso avaliar outros valores importantes que envolvem esse processo. Afinal, serão longos anos de prestações — e quanto menor elas forem, melhor.
Parcelas do financiamento
Os valores das prestações são definidos conforme o tipo de financiamento escolhido e o montante pago na entrada.
Existem duas formas de reajuste das prestações. A primeira é com base na Tabela SAC, em que as parcelas começam com um valor maior e reduz ao longo dos anos.
Já a segunda corresponde à Tabela Price, em que os valores das prestações são constantes ao longo dos anos. Ou seja, o valor da primeira prestação será o mesmo que o da última.
Taxas de juros
Outro fator que interfere no valor do financiamento é a taxa de juros, que sofre variações de acordo com o momento econômico. Por isso, quando a taxa está muito alta, o impacto sobre o financiamento tende a ser maior, pois essa é uma dívida de longa duração.
Além de acompanhar as notícias sobre a economia para se atualizar sobre a evolução dos juros, o ideal é pesquisar, entre as diversas instituições financeiras, as que oferecem o menor percentual na hora de fazer o financiamento.
Taxas administrativas
Existem outras taxas que são cobradas pelo banco ao fazer um financiamento imobiliário. Por isso, esse é mais um fator que pode encarecer o valor da prestação. Entre as cobranças efetuadas, estão:
- taxa de avaliação de crédito;
- seguros;
- taxa de serviços administrativos;
- taxa de avaliação do imóvel.
Dessa forma, vale a pena avaliar quanto cada instituição cobra por esses serviços. Além disso, há instituições bancárias que oferecem os seguros habitacionais com diferentes seguradoras, o que significa alteração no preço da prestação.
Como vimos, além de verificar se as prestações cabem no orçamento, é necessário saber responder à pergunta “quanto preciso dar de entrada para financiar um apartamento?”. Dessa forma, será possível fazer um planejamento financeiro eficiente.
Gostou das nossas dicas? Então, entre em contato com a Riooito e dê o primeiro passo rumo ao seu imóvel dos sonhos!