O mercado imobiliário, bem como todos os setores da economia, passou por grandes transformações com a chegada da pandemia. Uma delas foi o seu processo de digitalização. Ou seja, as construtoras tiveram que se adaptar para dar aos clientes a oportunidade de concretizar a venda online, evitando assim as aglomerações. Vale lembrar que, durante a crise, muitas pessoas precisaram mudar de lar por conta das necessidades impostas pelo isolamento social, o que fez o setor ficar ainda mais antenado para ter o imóvel perfeito para cada perfil familiar.

 

Prova de que a tendência é realidade no país, de acordo com pesquisa da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e da Brain Inteligência Estratégica, 6% destas aquisições já ocorrem totalmente pela internet sem a necessidade de que o comprador saia de casa. O levantamento ouviu 14 mil brasileiros, dentre eles 850 pessoas que compararam imóveis nos últimos 12 meses.

 

Os dados também mostram que o preço médio das unidades compradas por brasileiros é de pouco mais de R$ 240 mil e que apenas 31% dos entrevistados conseguem adquirir sua moradia com preços superiores a R$ 250 mil, e, quando o fazem, são, na maioria, compradores com renda salarial acima de R$ 16,5 mil. O levantamento indica ainda que 71% dos compradores levam, em média, seis meses para finalizar o negócio com o vendedor. “O senso comum estima que se leva dois anos nesse processo. Esse período está diminuindo graças ao uso de tecnologias usadas por incorporadoras e imobiliárias”, ressaltou Fábio Araújo, sócio-diretor da Brain.

 

Já Luiz França, presidente da Abrainc, destacou que boa parte dos processos de compras ocorre hoje pela internet e lembrou que 55% dos consumidores usam algum tipo de experiência digital na hora de adquirir uma casa ou apartamento, mas apenas 1% chega a assinar a escritura pela internet o que pode ser fruto da burocracia. “Apesar de o setor estar cada vez mais informatizado, processos burocráticos precisam ser enfrentados, pois dados apontam que 62% dos compradores tiveram algum tipo de obstáculo na hora de comprovar renda ou em outras etapas contratuais”, diz França.

 

Na Rio8, por exemplo, mesmo antes da pandemia, intensificamos as nossas ferramentas para dar um atendimento ainda mais rápido aos clientes. O cliente entra em contato pelo site, mídias sociais ou WhatsApp e é direcionado a um corretor que pode fazer todo o atendimento virtual. O interessado tem acesso ao book virtual do empreendimento e pode “visitar” o imóvel de casa. Escolhida a unidade, é hora de montar o dossiê com toda a documentação e de fazer a simulação de crédito no caso de financiamento. Com tudo certo, a Rio8 gera o contrato que pode ser assinado virtualmente. Neste momento, é feita uma vídeo conferência para tirar todas as dúvidas. Depois, enviamos virtualmente o memorial descritivo e o contrato com a assinatura das partes. Dependendo do processo, é possível efetuar a compra do imóvel em menos de uma semana. Se o cliente estiver com toda a documentação em dia, esse prazo é ainda menor. Ou seja, todo o processo pode ser virtual ou presencial; o cliente é quem vai decidir como quer realizar a compra.

 

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