Como é feito o cálculo de renda para financiamento de imóveis? Descubra!

Entender como funciona o cálculo de renda para financiamento de imóveis pode parecer um pouco complicado. No entanto, ao saber qual é a sua composição, fica mais fácil, inclusive, fazer o planejamento financeiro para a compra de um novo bem e entender o que as instituições bancárias avaliam antes de autorizar o crédito.

O principal objetivo de entender esse valor é evitar dificuldades para o pagamento do financiamento ao longo do caminho, afinal essa é uma dívida que pode se estender por muitos anos e deixar de pagá-la pode significar a perda do bem. Por essa razão, deve ser muito bem planejada e devidamente calculada.

A seguir, mostro a você como funciona esse cálculo, quais são as variáveis presentes na prestação e como é possível fazer esse conta. Acompanhe a leitura!

Entenda por que é feito o cálculo de renda para financiamento de imóveis

O principal objetivo do cálculo de renda é definir qual o valor da parcela de financiamento um comprador pode ter, de modo que consiga pagar sua prestação ao longo dos anos sem que isso comprometa todo o seu rendimento.

Sem esse cálculo, haveria o risco de existir um número maior de inadimplência, pois com um valor de prestação muito alto e outras contas a serem quitadas, as pessoas deixam de pagar as prestações e, com isso, o banco se vê obrigado a retirar o imóvel.

Ao fazer um financiamento imobiliário, as instituições avaliam uma série de questões para determinar qual é o limite máximo da prestação que um comprador pode ter, com base em seu rendimento mensal. Por regra, o limite máximo que pode ser comprometido para a prestação é de 30% sobre a renda.

Saiba o que compõe o cálculo de renda para financiamento de imóveis

O cálculo para determinar o valor da prestação é feito com base em três critérios principais, ou seja, as despesas do comprador, o limite de renda que será comprometido, que deve ser de até 30% e a comprovação do rendimento.

Para estabelecer essa porcentagem individualmente o banco avalia quais são as despesas fixas do comprador, ou seja, aquelas contas que a pessoa tem todos os meses e não pode deixar de pagá-las, entre elas estão:

  • consumo de água;
  • energia elétrica;
  • telefone;
  • despesas com cartão de crédito;
  • preço do aluguel;
  • condomínio;
  • pensão alimentícia, se houver.

Além disso, é avaliado se o comprador fez algum tipo de empréstimo bancário. Se houver, é preciso informar qual é o valor da prestação, o número de parcelas e a data final para a quitação do empréstimo. O objetivo do banco é verificar quais despesas a pessoa têm, e se há alguma que comprometa a prestação do financiamento.

Para a comprovação de renda, é preciso que o comprador forneça todas as informações sobre o seu emprego, bem como a sua comprovação. No caso de o comprador ter emprego com carteira assinada, deve fornecer seu holerite, declaração de imposto de renda. Já se for emprego informal, será preciso uma série de outros documentos para a comprovação do rendimento.

Veja como é possível fazer esse cálculo

Antes de escolher um imóvel e dar início ao processo de financiamento imobiliário, é possível fazer o cálculo para se ter uma ideia de qual será o valor aproximado da prestação e do comprometimento da renda. Dessa forma, será mais fácil definir o preço máximo do imóvel que você pode comprar, o que fará com que a busca pelo imóvel ideal seja mais objetiva.

Suponha que uma pessoa tenha uma renda de R$ 9 mil. Nesse caso, o valor máximo de uma prestação que ela pode assumir é de até R$ 2.700 mil, ou seja, 30% sobre o seu rendimento. No entanto, o banco considera as outras informações mencionadas para estipular essa quantia, como a idade do comprador.

Com o limite máximo de prestação preestabelecido, é possível simular as prestações de financiamento para avaliar se um determinado imóvel está de acordo com as suas possibilidades de pagamento.

Para ter uma estimativa sobre o valor da prestação, você pode utilizar uma planilha eletrônica, como o Excel, e aplicar uma função financeira existente na ferramenta, a PGTO. A função contém as seguintes variáveis obrigatórias:

  • taxa = taxa de juros referente ao financiamento;
  • nper = número de prestações a serem pagas;
  • va = valor do financiamento;

Vamos simular qual seria o valor de uma parcela para um financiamento de R$ 200 mil em 360 meses e com taxa de juros a 8,5% a.a. Portanto, digite na em uma linha da planilha a seguinte fórmula: =PGTO(0,85%;360;200000). Dessa forma, a prestação para esse financiamento seria de R$ 1.784,77, o que não compromete 30% sobre a renda de R$ 9 mil.

Entenda as vantagens e desvantagens desse cálculo para o comprador

Fazer essas simulações ajudam a pessoa a avaliar as condições do financiamento, como a taxa de juros, a estimativa sobre a quantia da prestação e identificar se esse valor cabe em seu orçamento.

Além disso, ao fazer a simulação, o comprador consegue identificar, por exemplo, a possibilidade de dar uma quantia maior na entrada, o que contribui para a redução no total do financiamento bancário e, consequentemente, a redução no valor da prestação.

O comprador também pode identificar a necessidade de fazer a compra do imóvel junto com outra pessoa, como o companheiro ou algum parente. Dessa forma, é possível fazer a composição de renda, em que os rendimentos das duas pessoas são somados para determinar o limite do financiamento.

Essa possibilidade permite aos compradores escolherem um imóvel de preço maior ou assumirem uma prestação que não seria possível com apenas o rendimento de um só. É importante dizer que essas simulações oferecem uma quantia aproximada tanto sobre os valores de renda, quanto às parcelas do financiamento. Para ter os cálculos precisos, é necessário fazer a simulação bancária.

Saiba como a liberação do crédito pode ser facilitada

Para garantir a liberação do financiamento, é essencial cumprir com todas as exigências solicitadas pelo banco. Por exemplo, apresentar todos os documentos necessários, tanto os pessoais quanto os de comprovação de renda, bem como toda a documentação do imóvel.

Ao comprar um imóvel com uma incorporadora, esse processo ganha mais agilidade, pois eles têm experiência e prestam todo o suporte adequado para proporcionar mais facilidade e rapidez nessa fase.

Fazer o cálculo de renda para financiamento de imóveis é essencial para facilitar o processo de escolha de um apartamento, casa ou terreno. Dessa forma, será mais fácil estimar qual será o valor da prestação, bem como qual é a renda máxima para um financiamento bancário, o que contribui para um bom planejamento financeiro para a aquisição do bem.

E então? Ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão sobre o cálculo para a composição da renda? Deixe um comentário aqui no post e compartilhe o seu pensamento conosco!

Posts Similares

0 0 votos
Classificação do artigo
Se inscrever
Notify of
guest

0 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Comentários em linha
ver comentários